15/02/16

bateu a saudade como um soldado ferido que acaba de chegar da guerra e vê o rosto da sua amada.
como posso parar estes pensamentos viciosos que se centram no teu ser?
não sei por onde andas, que sorrisos proclamas ou que pensamentos te assaltam a meio da noite.
tenho pensado em nós, em mim, em ti.
gostava de afirmar qual o melhor caminho a seguir.
imagino a minha mãe entrelaçada na tua, o meu rosto encostado ao teu peito, o teu sorriso enquanto me beijas. tenho mesmo saudades tuas. como estarás? e sei, sei que não tenho o direito de obter respostas quando fui eu que me afastei..

14/02/16

imagem original

e vim eu. metade anjo, metade mulher , aqui estou com o coração a transbordar de amor.
queria sussurrar-te ao ouvido palavras de amor mas hoje a mágoa leva o melhor de mim, aqui estou eu. 
deambulei entre os nossos caminhos, relembrei cada toque teu e cada gesto de amor, onde estás tu? aqui estou eu, presa nas nossas antigas histórias de amor. 
como podes simplesmente não estar mais aqui? fui eu que sonhei em demasia? ou tu que me encheste de histórias surreais?
tenho saudades mas já não me consigo entregar como em tempos o fiz. era tão fácil dizer o que te sentia, quando as feridas tinham tempo de sarar e o coração ainda era pouco danificado.
porque me sujeito a tanto quando, no final  das contas, ambos sabemos que... será que sabemos? será que assim os será?
vem, vem depressa e junta todos os pedacinhos que aos poucos conseguiste separar.

ao tempo que não venho até ao meu cantinho mágico, que saudades!
as coisas mudaram, mudaram bastante e para variar não pediram autorização ( raramente pedem!! ), transformei-me tanto nestes meses e nem vos sei dizer se foi para melhor. penso que agora o medo não me tem, eu é que o tenho a ele. uso-o raramente ( pelo menos assim gostaria .. ), vejo-me a afastar-me aos poucos e poucos da pessoa que amo, da pessoa que eu considerei a minha cara metade; com quem partilhei a minha vida e até este medo que de mim não sai. não falamos, eu preferi assim. como posso confiar alguém que não me dá segurança? como posso desbloquear tantas barreiras e se outras tantas são construídas atrás do meu rosto, das minhas costas, do meu coração?
gostava tanto de conseguir esquecer tudo, não posso. não posso dizer que tudo passou, que esqueci todas as vezes que fui desvalorizada e ignorada, não posso enquanto o meu amor próprio estiver à tona. tenho vontade de gritar, não é um grito sufocado de dor, é um grito repleto de raiva e descontentamento. podia ser tudo tão mais fácil se desses mais.. se quisesses ser mais.. se ...
se custa ficar sem te falar? custa. se estou constantemente à procura de notícias tuas? sim, estou. porém, não me esqueci de tudo o que me fizeste, aí também custou e eu aguentei.
mudava tanta coisa, desde atitudes a falta delas..
tento respirar fundo, concentrar-me no meu curso e convencer-me que é o melhor para nós, para mim. não me sinto feliz, vivo na insegurança das tuas palavras, dos teus passos; vivo num stress constante que me perturba sem fim. como posso sequer olhar para o céu sem sentir o coração a tentar fugir? não posso. mais uma vez estás a dominar os meus dias, estás presente na mais pequeníssima coisa.. e eu que o diga..