from w.h.i |
25/01/15
17/01/15
foram tantos caminhos duvidosos, tantas batalhas vencidas e tantos gritos de guerreira.
senti a minha alma fugir por entre as cortinas, esvoaçando ao vento , percorrendo os velhos campos e o velho moinho.
onde vais alma minha?
conhecer novos locais?
novos paraísos longínquos?
não tenho força para te prender em meus braços..
porque vais?
fica no nosso ninho e adormece-me em sonhos pacíficos.
imagens originais |
Terror de Te Amar
Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”
16/01/15
foram tantas quedas , como poderemos saber que estamos finalmente erguidos? não estamos. as pernas irão quebrar quando mais precisarmos delas; as mãos irão tremer quando a precisão for essencial; o maxilar será contraído com todas as nossas forças.. seremos prisioneiros de nós mesmos.
somos tão pequenos, mal crescemos e achamos que podemos dominar este mundo, este enorme mundo.
estamos cansados, não conseguimos pensar com clareza e tentamos ser donos dos nossos sentimentos.. tentamos, não conseguimos. alteram o nosso interior e por mais barreiras que criemos serão sempre derrubadas pela calada.
não sabemos quem somos, se é que somos algo.. se é que somos alguém ... se é que somos alguma coisa.
gritamos em vão; tentamos enforcar as nossas magoas numa corda demasiado laça; morremos congelados pela saudade de tudo aquilo que fomos ou deveríamos ser.
gostamos demasiado deste desconforto oculto para o abandonarmos, somos prisioneiros de nós mesmos*
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