28/02/14

com esta chuva eu bem que te poderia citar os momentos peculiares que o meu ser enfrenta.. esta luta contra mim própria tem feito milagres, estou demasiado forte para que saibas. mal eu sabia que a saudade apertaria passado tanto tempo; que os mares iriam avançar sobre as casas particulares ; que o vento não iria pedir permissão para derrubar o pouco perfume que restava nesta casa ou que a minha alma seria tão intensa. todavia , eu sempre soube que tu nunca irias voltar ; que me iria recordar , dia após dia , dos beijos intensos que me acalmavam a alma ; das tardes passadas no banco do jardim , rodeados de dinâmica e saúde ; que irias embora com parte de mim , do meu crescimento. " não olhes para trás " penso e repenso deitada na minha cama .. já lá vai... e se não foi , bem deveria optar por outro sistema mais encorajador. estás comigo em todo o lado e como será possível ainda não me ter habituado a esta tua ausência tão presente ? tento evitar pensamentos bruscos ou ideias inatas , apenas tento.. não consigo voltar a sorrir com a mesma doçura ; sentir uma paz interior envolvida em plena harmonia ; a ter uma confiança sólida ou a fazer um simples gesto em segurança , como por exemplo fechar calmamente os olhos. este universo leva-me para uma divisão do meu corpo com a minha alma , a meu ver torna-se cansativo , desgastante ... tornaria a sorrir se eu própria voltasse a mim , a reconhecer a realidade de um sábado à tarde ou de um mergulho sobre a água. petrificada no tempo , boa definição . serei acorrentada para toda a vida? eles bem dizem que sou fraca , que não me esforço .. miséria de pensamento , sabem lá eles o quão a madrugada é violenta ou o quão o meu ser é atormentado . pobre deles e pobre de mim que arco com tanto peso e numa tentativa reforçada , permaneço em meus pesadelos. preenchida pela narração de uma bela história quebrei minhas ligações com a mulher que fui* 

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