14/10/13

as rugas aprofundam-se ; os mares ficam mais bravos ; o vento torna-se mais forte ; os atletas mais persistentes ; a água cada vez mais impura ; os sorrisos mais amarelos ; o céu mais nublado ; as mentes mais descobertas. como será receber um carinho de um desconhecido? envolvo os meus braços entre o meu peito , sinto um peso dentro de mim , como apoderar-me da minha mente? como tornar este peso leve como uma pena? recebo notícias, tento permanecer indiferente (...) ainda tenho esperança, uma esperança fosca que sinceramente já foi mais cativante. ergo a cabeça, cruzo o olhar com um gato que atravessa a rua , não olho para o céu , prefiro olhar para  chão. começou a chover , não encontro nenhum rosto conhecido. gostava de gritar mas se gritar nem uma opção pode ser , sorrio. procuro algo familiar para o meu grau de conforto aumentar. foi em vão, estou abandonada com os  meus pensamentos confusos e repleta de decisões por tomar. gosto quando suspiro bem fundo, os meus pulmões parecem cantar de alegria. são 20h , imagino uma criança no meu colo , a dormir como um anjinho. confesso que adoro crianças , o que seria o mundo sem elas? sem nós à uns anos atrás? somos jovens, adultos, idosos. somos o que somos mas alguma coisa somos. não gosto de sentir saudades, fico ansiosa e claro, como de costumo cometo erros por impulsividade. o meu rosto tenta ficar calmo, tenta , atenção. fecho os olhos e por fim adormeço , rendo-me aos sonhos ou pesadelos, só Deus saberá.

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