25/07/13

e ouço. ouço com atenção as ondas que não cessaram ; as crianças que gritam por pequenas coisas que nem nos damos conta ; os aviões que sobrevoam as minúsculas cabeças cá em baixo ; a respiração profunda da minha mãe que se encontra deitada a meu lado , e assim vou ouvindo. e sinto. sinto que ele está aqui ao pé de mim ;  que sou a pessoa mais sortuda do mundo ; a liberdade na minha alma ;  uma leveza enorme ; um desejo de correr e abraçar o desconhecido ; que pertenço a esta praia. e imagino. imagino os teus lábios a sussurrarem ao meu ouvido palavras doces ; os meus pés a pisarem terra de outros países ; a minha mão interlaçada com o nosso futuro filho ; um sorriso no rosto de todos os que vejo ; uma vida cheia de saúde. e chamo. chamo por ti que não soubeste guardar meu coração ; pela coragem que anda meia perdida ; por nossos nomes em união ; por um leque de inúmeros sentimentos fantásticos. e ouso. ouso gritar o quão bem estou ; o quão mal estive ; as saudades que sinto ; a confusão que existe ; descrever o coração em dias de aperto; amar-te em segredo; percorrer o caminho para a felicidade.
como conseguimos escapar a tantas circunstâncias vassaladoras ? serei menos mulher por chorar? serei terra firme ao afirmar que sou um coração de manteiga ? que quero eu neste momento ? onde anda a vontade de cair em novas aventuras?  

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